A primeira organização de um cineclube data da década de 1920, quando, através de encontros entre a obra cinematográfica e o público, promovia-se a discussão e o aprofundamento das idéias e conceitos presentes nos filmes.
Com isso, os cineclubes se vinculavam a uma atividade revolucionária característica da época, sendo perseguidos pelo autoritarismo e, em sua maioria, ignorados pela sociedade e pelo poder econômico.
Essa perseguição culminou na extinção quase total da atividade no ano de 1968. Até então, estima-se que havia 300 cineclubes em atividade em todo país, e esse número teria caído para 12 no ano seguinte. Em 1972 reorganiza-se a Federação Cineclubista do Rio de Janeiro, sob direção de Marco Aurélio Marcondes. A Dinafilmes, primeira Distribuidora Nacional de Filmes, é criada em 1976, na 10ª Jornada Nacional de Cineclubes, no ano seguinte Marco Aurélio Marcondes cria a Embrafilme, Empresa Brasileira de Filmes,que seria extinta na década de 1990.
Desde 1968 o movimento perdera sua expressão nacional; trinta anos depois se apresenta com nova roupagem, patrocinado por bancos e iniciativas privadas. Só sobreviveram os cineclubes de caráter mais comercial. Com o fim da Embrafilme, o cineclubismo ficaria 14 anos desarticulado, a última Jornada Nacional aconteceu em 1989. O evento só seria realizado novamente em 2003, em Brasília, o que na ocasião foi chamado de Jornada de Reorganização do Movimento
Cineclubista.
Atualmente, cerca de oitenta anos após a abertura do primeiro cineclube, o movimento conquista o reconhecimento institucional da atividade através de um documento assinado pela ANCINE em setembro de 2007. A conquista política, somada ao desenvolvimento da tecnologia digital e a liberdade de manifestação cultural, abre grandes possibilidades para a promoção de eventos de caráter cineclubista, que contam com um acervo digitalizado em constante desenvolvimento.
Sua Majestade, O Delegado!
Há 9 anos