Na terça-feira, dia 02 de outubro, não havia nenhuma sessão. A maioria delas é mensal ou quinzenal, e quase todas acontecem no final da tarde ou à noite.
Na quarta-feira, fui ao Cinerama, o Cineclube da ECO, a Escola de Comunicação da UFRJ. Era uma iniciativa dos alunos. As atividades então,aconteciam quinzenalmente no auditório da CPM, no campus da Praia Vermelha, às 18 horas.
Quando cheguei ao CPM (Centro de Produção Multimídia), não havia nenhum indício da exibição. Já estava na hora marcada e ninguém da organização estava presente. Nenhum público à espera, nada. Resolvi perguntar ao segurança que tomava conta da portaria, ele estava atrás de um balcão, com o que parecia ser um livro de ponto aberto à sua frente.
O segurança me informou que não haveria sessão, que não tinha ninguém do cineclube e nenhum cartaz que indicasse o evento. Já estava indo embora quando os responsáveis pelo Cinerama chegaram, afobados. Uma menina falava ao celular, perguntando sobre a cópia do filme que seria exibido. Perguntei aos outros se eles eram do Cinerama e recebi a confirmação. Perguntei ainda se haveria sessão e eles responderam que sim, entre risos de constrangimento pela confusão. Avisei que o segurança estava informando que não haveria exibição e eles foram falar com ele. “Ih, já mandei um monte de gente embora, vocês não colocam cartaz aqui. Como é que eu vou descobrir que vai ter filme?”, disse o funcionário.
Finalmente, chega o rapaz que estava encarregado de trazer o filme. Ele se atrasou porque não conseguia estacionar o carro. A exibição do filme Ritual dos Sádicos, de José Mojica Marins (o Zé do Caixão), começa com mais de meia hora de atraso.
O Cinerama costuma realizar sessões sob eixos temáticos. Desta vez, se tratava da questão sado-masoquista. Nem sempre são feitos debates e, na ocasião, nada havia sido planejado para que houvesse um. Apenas oito pessoas na platéia composta pelos organizadores, eu e uma amiga, que convidei para a exibição. Ao final do filme, só restamos nós duas, mais duas pessoas da organização.
Sua Majestade, O Delegado!
Há 9 anos
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